
No dia 26 de agosto, o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) se reuniu com lideranças sindicais para discutir temas cruciais como salário, jornada de trabalho e direitos previdenciários. Participaram representantes da Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra) e do Sindicato dos Trabalhadores da Universidade Federal de São Paulo (Sintunifesp), com foco nas Propostas de Emenda Constitucional (PEC) 19 e 32.
Jefferson Caproni, presidente do SinSaúdeSP e Coordenador da Conatenf – Comissão Nacional de Auxiliares e Técnicos de Enfermagem, enfatizou a importância da articulação entre as instituições:
“Analisamos documentos que estão sendo articulados no Congresso Nacional quanto à jornada de 30 horas (PEC 19), à insalubridade e à aposentadoria especial. Acreditamos que o diálogo entre as instituições permite alinhar essas pautas às lutas da categoria e ampliar nossa voz em nível nacional”, explicou Caproni, que também mediou o encontro.
As lideranças demonstraram preocupação com as mudanças propostas pelo governo, que podem impactar negativamente a carreira da Enfermagem tanto no setor público quanto no privado. Manoel Neri, presidente do Cofen, reforçou o compromisso com a valorização da profissão: “Me preocupo com o avanço da pejotização, que pode comprometer a estabilidade dos trabalhadores. Coloco-me à disposição para apoiar a pauta sindical e garantir a valorização da profissão”.
Antônio de Souza, coordenador-geral do Sintunifesp, alertou para os efeitos da reforma administrativa: “Precisamos ser ouvidos. Muitas famílias serão prejudicadas com as alterações propostas pelo governo. A reforma administrativa (PEC 32) não considera a existência de servidores de outras instâncias do governo federal que recebem salários abaixo de R$ 5 mil, diferentes daqueles que ocupam altos cargos, como no Supremo, no Judiciário e em outras áreas”.
Melissa Campos, da diretoria da Fasubra, reforçou a mobilização: “Buscamos apoio dos Conselhos Regionais/Federais e de outras instâncias nos estados para que as demandas da Enfermagem sejam ouvidas”.