Posicionamento sobre a saída dos EUA da OMS

Como Presidente do SinSaúdeSP, manifesto minha profunda preocupação com a decisão do governo americano de se retirar da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Essa medida representa um grave retrocesso para a saúde pública mundial e coloca em risco a cooperação internacional, essencial para enfrentar desafios globais como pandemias, mudanças climáticas e outras ameaças à saúde.

A OMS desempenha papel crucial na proteção da saúde e da segurança da população mundial, inclusive dos americanos. Essa atuação beneficia não apenas os Estados Unidos, mas todo o mundo, incluindo o Brasil. Ao longo de décadas, a OMS e os EUA trabalharam juntos, salvando inúmeras vidas e protegendo os americanos e todos os povos de ameaças à saúde.

Juntos, erradicaram a varíola e estão à beira de erradicar a poliomielite. Essa parceria histórica é essencial para a saúde global e deve ser mantida. Nos últimos 7 anos, com a participação dos Estados Unidos e de outros Estados-membros, a OMS implementou o maior conjunto de reformas de sua história, para transformar sua responsabilidade, eficiência em custos e impacto nos países.

Esse trabalho de modernização e aprimoramento da OMS deve prosseguir com o engajamento de todos os membros, incluindo os EUA. Portanto, apelo ao governo americano que reconsidere sua decisão e se engaje em um diálogo construtivo para manter a parceria entre os EUA e a OMS, em benefício da saúde e do bem-estar de milhões de pessoas em todo o mundo. A saúde não tem fronteiras, e a cooperação internacional é essencial para garantir a segurança sanitária global, inclusive do Brasil.

Convido todos os profissionais de saúde e a sociedade civil a se juntarem a nós nesta luta pela manutenção do papel fundamental da OMS na promoção da saúde para todos.

Artigo de opinião
Jefferson Caproni
Presidente SinSaúdeSP

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